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Nordestina Desvairada

Nordestina Desvairada

terça-feira, 16 de março de 2010

Reorganização social

Amizade é algo importante na vida e no desenvolvimento do ser humano...
Ter amigos, se relacionar com novas pessoas, buscar conexões que te façam se identificar com um indivíduo desconhecido e firmar um laço com tal faz de nós, seres pensantes, aptos para o convívio em sociedade e integração cultural.
Mas às vezes é difícil perpetuar essa conexão amigável.
Não sei se é um problema meu. Algum encosto na minha vida. Alguma falta de jeito no manuseio desse tipo de relacionamento, mas já perdi algumas amizades de maneira que nem consigo processar como aconteceu. Não houve mortes, nem comas profundos ou amnésia irreversível... Simplesmente houve um afastamento natural e inevitável... Algo que não estava escrito nas estrelas, ou poderia até estar, mas acabou arrumando uma maneira de ser deletado do arquivo celestial.
Quando tudo começa com muita empolgação a derrocada parece ser fatal. Amizades muito intensas têm vida curta... São como brasas que queimam e pipocam na fogueira, mas que dentro de algum tempo vai virar cinza.
Têm coisas que a gente pensa que é pra sempre, quase como um casamento (só que sem o sexo, mas com muito companheirismo). Mas de alguma maneira vai se desgastando. Pontos de vista tornam-se conflitantes, opiniões divergem, intrigas nascem, falta de assunto,... Até o triste fim. É terrível fazer parte disso, o desconforto físico e psicológico é extremamente... Desconfortável! Não tem como definir com palavra melhor!
Como eu havia falado antes, eu não sei se eu sou um dos agentes desgastantes ou se há um dedo podre na minha pessoa impedindo um relacionamento duradouro com o mundo. Eu me analiso constantemente, coloco em xeque tudo aquilo que faço, falo e penso. Sempre chego à conclusão de que NÃO sou uma leprosa social – REALMENTE NÃO SOU. Mas por que isso acontece? Será que o fim é sempre inevitável?
Confesso ter medo de ser a portadora do problema, de ser a causadora de tudo. Tenho poucos amigos (amigos mesmo, daqueles que você não tem vergonha de dizer q está com diarréia e precisa atendê-lo ao telefone no momento crítico da dor). Muitas amizades podem até progredir a esse estágio, mas não conseguem vingar... O que é uma pena.
Parece que não importa seguir todos os passos do manual. Algo sempre vai dar errado. Sendo problema seu ou problema do mundo.
Eu já cheguei a pensar que eu enjoava das pessoas ou que elas se enjoavam de mim, mas lembrando desses amigos de horas desesperadas percebo que o enjôo (tanto o meu quanto o deles) não aconteceu. Então como explicar isso? Volto eu para as minhas divagações e busca pela resposta. Ainda tenho medinho dessa hipótese do enjôo, mas farei o possível para prová-la falha e sem fundamento.
Ao pensar em amigos me vem à imagem de duas pessoas muito importantes – pessoas essas que eu sempre falo “eu te amo”. Eu acho que é isso que falta. Falar com todo o coração, sinceridade e sem pretensão, o famoso “eu te amo”. Às vezes a gente fala meio que sem vontade, meio que por impulso, tentando afirmar algo que não é de fato amor e acaba se estrepando! Essa mancada eu não dou mais. Já estou escolada nessa questão. Porém os receios sempre voltam quando a gente pensa naqueles que não escutaram o “eu te amo”, mas eram tão importantes quanto os que escutaram – e vem aquela interrogação do tamanho do Cristo Redentor acompanhada da frase “e se essa amizade acabar também?”.
A única garantia que tenho é permanecer do jeito que sou, afinal de contas o meu jeito ainda propicia a amizade de algumas maravilhosas pessoas. E de resto... bem... o resto é o resto... a vida segue, a grama cresce, o sol nasce, eu acordo e o dia continua.

4 comentários:

  1. ô, gabi!

    somos mais que amigas, somos primas e família não se separa,viu?HAHAHAHAHA.por isso, saiba que tô sempre aqui, só gritar! também sou meio relapsa mas tô viva.

    bem,e aparece, porra! teu presente vai fazer aniversário aqui em casa.

    beijo

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  2. meu singelo blog reunindo a família! isso é mágico, isso é lindo, isso é Márcia Goldsmith!

    prima fofa de cabelos rubros, qnd nos veremos, tricotaremos e relembraremos nosso maravilhoso tempo no ceti-quetê?

    principalmente: quando pegarei meu presente MARAVILHOSO que já deve estar empueirado e com início de ferrugem?

    quero tudo que vc pode me oferecer! de carinho à presentes!

    beijos amoreco!

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  3. aiai, minha flor... tmb já perdi amigos que eu acreditava "ser pra sempre", mas enfim... Foi um lance "eu sou portadora da verdade e vc é uma cretina" quando o que houve foi uma simples divergência e intolerância de uma das partes, o que resultou inevitavelmente no fim. Mas ó... Tenho muitos bons amigos, mais do que eu pensaria em ter na verdade, afinal, eu realmente me sinto anti-social, mas os que estão SEMPRE por perto são aqueles "poucos e bons", os que se conta nos dedos de uma mão só... Aqueles que fazem campeonato de arroto contigo (rs), que falam besteira, e que o "eu te amo" não é simplesmente do fundo do coração, é do fundo da alma... E Olha.. Esses poucos e bons eu reconheci pelo olhar. Eu olhei nos olhos e o reconhecimento foi instantâneo e inevitável a aproximação até chegar neste nível de irmandade que é hoje... Mas não se prenda nisso... Foque nos "poucos e bons", porque são esses que estarão sempre do seu lado, são esses que farão tudo valer a pena.

    Bjinhos, flor! :)

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  4. putz Dê, vc falou tudo agora!!! TUDO mesmo!
    muito bom saber q existem pessoas q me entendem e já passaram por situações similares...
    ter uma opinião tão bem desenvolvida estimula a busca pelos novos amigos e novos momentos literários pra esse bloguinho!

    beijos flor fofa!

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