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Nordestina Desvairada

Nordestina Desvairada

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Por quê ser a carne?

A maioria das pessoas se contentam em ser a carne...
Mas o que seria "a carne"?
Pra mim, ser a carne é ser aquele pedaço de carne mesmo, aquela coisa suculenta pra um momento de fome... ignorando que aquela carne pode ter sido uma vaquinha muito bonitinha, com princípios, inteligência, senso de humor (sim, vacas podem ter senso de humor),...
Será que é pedir muito ser adimirada - ou até mesmo desejada - não só pelos atributos físicos, mas também pelo conteúdo?
Fico impressionada com a capacidade que as pessoas tem de descartar os outros. Ser mais um/uma em uma lista. E se eu quiser ser única, exclusiva e sem comparativos?
Eu prezo pelo individual. Acho ótimo ter sua identidade pessoal bem formada e não consigo processar essa informação absurda de que as pessoas devam ser tão desligadas do emocional e ligadas unicamente ao carnal. Por isso "a carne" do inicio da história.
Será que é um pensamento muito infantil esse o meu?
A sociedade é completamente ligada ao lascivo, ao sexual, ao sedutor. Não que eu não aprescie isso, mas caramba! Tudo tem hora!
Quero ser vista primeiro pelas minhas qualidades intelectuais, sociais e pessoais, e que o carnal se manisfeste paralelo a isso tudo, não de maneira primordial e única.
Confesso ter vergonha dessa lascividade humana. Achei ser mais safa, mas não sou...
Admito ter vergonha de seduzir, de me permitir ser seduzida, de me deixar levar pelo momento...
São tantas travas na minha vidinha... tantas coisas que me fazem pensar nos porques da minha existência...
Toda vez chego a conclusão de que tenho que mudar. Chega de ser a vaquinha, vou ser a carne! Mas aí chega a hora de SER a carne e... pronto! Travei de novo!
Ai começa a reflexão interior: o problema sou eu? O problema é o mundo?
E eu acabo chegando a lugar nenhum.
No começo desse post eu defendia piamente a posição da vaquinha, agora eu quero mesmo é que a vaca vire um belo bife, daqueles suculentos, macios e que saciam a fome de qualquer faminto.
Vamos ver até quando esse pensamento perdura...
Eu tenho é que perder o medo da carne. A carne tem nutrientes. A carne alimenta. Ela pode não ser o ideal, mas ela ainda assim tem que fazer parte da cadeia alimentar.
Só resta saber se eu vou me sentir bem em ser a carne... mas isso só posso falar depois que me transformar naquele churrasco lascivo e calórico.

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