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Nordestina Desvairada

Nordestina Desvairada

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

IRA! Infelizmente não é só uma banda...

Pra aqueles que conhecem o IRA! Como uma banda de rock dos anos 80 e que perdura até dias atuais, esse post não vai fazer muito sentido...
A ira que estou mencionando (repare a falta da exclamação no final da palavra) é aquela que toma nosso coração com todos os sentimentos feios e que temos medo de libertar. Sentimento horrível, que ganha proporções apoteóticas em questão de segundos. Como é péssimo conviver com isso aprisionado no peito, tentando controlar qualquer acesso explosivo que liberte esse monstro cego de raiva.
Sou uma pessoa calma. Não brigo na rua, procuro tratar bem as pessoas, não dou resposta atravessada pra ninguém... Nem quando merecem... Mas existe um ser humano que me faz perder todo o decoro parlamentar. Uma única pessoa que me faz urrar de raiva, tremer dentro das minhas carnes, me consumir em um retorcido de incômodo desconforto. O nome não convém mencionar, por mais que ela tenha nome e sobrenome bem definidos.
O mais revoltante é conviver não só com esse sentimento, mas também com a dita cuja!
Brincadeira sádica do destino...
Tentarei ser subjetiva no meu post, por mais que o que eu sinto no momento seja bem objetivo e direcionado.
A raiva não é um sentimento nada agradável, principalmente pra quem convive com alegria o tempo todo. Não que minha vida seja um mar de rosas (esta longe disso na verdade), mas você ter um agente facilitador que te faz sair do sério num piscar de olhos é altamente estressante.
Como descobri recentemente que escrever me acalma, decidi pôr em palavras esse incômodo físico, psíquico e emocional que estou sentindo agora.
Conviver em sociedade é extremamente desafiador. Ter que lidar com as mais variadas personalidades, peculiaridades, manias e esquizofrenias é uma prova de fogo diária, porém conseguimos obter sucesso e avançar pro próximo nível, ou seja, o dia seguinte.
O foda é conviver com essa batalha dentro de casa. Família é sempre um causador de divagações e teorizações sobre o nosso intimo e pessoal. Quando a família é resumida ao máximo e a convivência é constante os nervos ficam à flor da pele em nano segundos. Não que toda família seja assim, mas a intimidade e a presença habitual nos deixam mais “livres”, digamos assim, pra estourar nossa emoção mais latente.
Família é uma dádiva. Não ser sozinho no mundo é muito bom. Todavia, às vezes é bom ficar sozinho com seus botões, sem ter que escutar o comentário da novela das 8h ou escutar “pitís” absurdos saídos do nada!
Eu que já falei ser calminha e boazinha, já fiz coisas que causam espanto em pessoas que conhecem meu comportamento cotidiano.
Em diálogos cheios de cumplicidade entre amigos, confissões e revelações são feitas. Dentre elas, essas horas de explosões são mencionadas e os queixos caem em queda livre. “Como pode Gabi? Você é tão calminha, tão carinhosa, tão gentil... Nunca imaginaria você falando ou fazendo isso!”.
É... A Gabi também vira bicho – é só apertar os botões certos (ou seriam errados?). E como foi mencionado no inicio do post, uma pessoa, somente UMA tem esse poder. E ela é família.
Agora está tudo conectado. Todas as peças deste quebra-cabeça.
Na rua a gente ainda consegue respirar fundo e pensar melhor no que vai fazer. Em casa o negócio muda de figura. Tudo vira estopim de briga. Aí eu pego aquele ar, dou aquela enchida nos pulmões e venho pro meu fiel amigo – o computador – afogar as mágoas.

OBS: Um viva para a tecnologia, sempre ao nosso resgate!

Acredito estar aprendendo a conduzir bem essas situações dignas de eliminação no BBB329... É complicado, mas é possível. Desde quando relacionamento intersocial não é difícil? Tem que ser aprendido, seja de forma suave, seja de forma bruta.
E é aos trancos e barrancos que a gente vai crescendo como individuo, aprendendo a escolher as batalhas e sabendo que família não se escolhe, sendo assim não adianta muita coisa “queimar a mufa” com isso... Por mais que “queimar a mufa” tome uma parte primordial do meu manual de instrução.

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