Powered By Blogger

Nordestina Desvairada

Nordestina Desvairada

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O PORQUÊ DAS COISAS

Eu gosto de saber o porquê das coisas. Acho de extrema necessidade entender a raiz de cada questão, achar o algarismo escondido na letra X.
Não ter respostas me deixa em um estado de indagação incessante, algo que beira a loucura e chega a ser perturbador. Deparar-me com situações onde a resposta não está clara, além de ser uma tortura mental acaba se transformando em tortura física igualmente, já que as longas dores de cabeça só acentuam a busca pelo El Dourado cognitivo.
Se pelo menos eu tivesse convergido essa sede por respostas para algo produtivo, hoje poderia ser uma ganhadora do Prêmio Nobel da Paz por achar a solução dos males do mundo... Mas nãããão! Eu tive que converter esse dom em uma maldição – bem no estilinho Spiderman.
Eu uso minhas forças para questionar a vida (a minha vida), as pessoas (à minha volta), os acontecimentos (que me abalam), o mundo (o meu mundinho insano).
É difícil querer entender a tudo e todos se nem conseguimos chegar a conclusões simples sobre nós mesmos. Às vezes uma tola frase, por mais inocente que pareça , pode ser o motivo para uma noite de sono perdida, um telefonema desesperado para a companheira de conspirações e teorias e até mesmo o tema de um texto no meio de uma tarde monótona.
O porém do “porque” é saber chegar a sua conclusão sem demonstrar as partes envolvidas a busca pela resposta escondida. Todo o treinamento psicológico estabelecido ao longo dos anos de questionamento deve ser colocado em prática mostrando que o porquê precisa ser revelado, mas não há uma urgência em sabê-lo. Ou seja, eu quero saber, mas não demonstro. Eu estou corroendo meu cérebro com perguntas sem respostas, mas não transpareço a loucura internalizada. É difícil... É um trabalho pra raros...
Pode demorar mais tempo do que o imaginado, tudo pode vir à baixo como uma casa de cartas construída na frente de um ventilador, mas um dia a resposta vem. Seja em sonho, seja em discussões acaloradas ou na frente do computador olhando pra um teclado de letras apagadas à meia luz do meu abajur.

Nenhum comentário:

Postar um comentário